
Nos últimos anos, as negociações salariais passaram a se dar com o vento contra e ladeira acima. A retração econômica e as ofensivas a direitos, intensificadas com a “reforma” trabalhista de 2017, tornaram a tarefa mais complicada. No ano passado, só metade das campanhas terminou com aumento real, ou seja, acima da inflação. Os primeiros dados deste ano mostram que as dificuldades aumentaram, alimentadas pela pandemia.
Segundo resultados preliminares colhidos pelo Dieese, de um total de 1.800 acordos, só 42% tiveram ganho acima da variação acumulada do INPC-IBGE. Os demais 58% se dividem entre negociações equivalentes e abaixo da inflação. As negociações passam a privilegiar manutenção de direitos e já começam a incluir cláusulas específicas sobre covid-19, como fornecimento de equipamentos de proteção e normas de segurança.
O cenário de “terra arrasada”, como define, o diretor técnico adjunto do Dieese, José Silvestre, aponta pelo menos um fator relativamente positivo: a inflação. Assim, quem tinha data-base em janeiro, por exemplo, negociou com uma inflação acumulada de 4,48%. Em 1º de junho, o INPC em 12 meses caiu para 2,05%, menos da metade. “Nesse ambiente adverso, a gente pode dizer que essa é uma variável positiva, no sentido de que torna menos difícil a negociação”, avalia Silvestre.
Brasília, 23 de junho de 2020
AO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
DOUTOR DIAS TOFFOLI
Na condição de representante de um milhão e seiscentos mil trabalhadores nas indústrias de alimentação no Brasil, ficamos estarrecidos ao tomarmos conhecimento através da live exibida no último dia 13 do corrente ano, sobre o posicionamento de Vossa Excelência referente às paralisações em frigoríficos.
Vossa Excelência considerou absurda a paralisação dos frigoríficos sem levar em consideração que estas paralisações ocorreram com o objetivo de salvar vidas de trabalhadores que vêm sendo contaminados pelo Covid-19.
Temos consciência de nossa responsabilidade em buscarmos alternativas que possibilite a produção de alimentos, mas a preservação da vida deve estar acima da ganância do lucro do poder econômico.
O STIAU respeita a propriedade intelectual. As matérias reproduzidas neste site foram publicadas originalmente na Internet ou em veículos de imprensa. Caso haja alguma reclamação sobre violação de direito autoral, relativa às matérias ou imagens usadas neste site, favor Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. , para que as mesmas sejam retiradas ou lhes sejam conferidos os respectivos créditos.
Segunda-feira à Sexta-feira, das 08:00h às 11:00h - das 13:00 às 18:00h
Fone/Fax:
(34) 3236-2223
E-mail:
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
ENDEREÇO:
Rua Benjamim Constant, 529
Bairro N. Sra. Aparecida
Uberlândia - Minas Gerais
CEP 38400-678
Brasil